Pague a sua liberdade com notas de sangue
Foi você quem lutou por isso, e eu lembro bem como foi
Vocês queriam ser livres, cheirar diesel e se embriagar
Depois de feito tudo isso, e afastado o cálice de sangue
A prisão agora é outra, e não há passeata que abra a cela
Mudaram a constituição, mudaram os poderes
Com suas passeatas vermelhas, pedindo direitos
Dado os direitos, acabaram-se os deveres
Sintam agora o gosto amargo da sua juventude
Por que a prisão é a sua casa, e não há quem saia dela
Os camisas verdes foram trocados pelos sem camisas
Pelos sem ideais, e pelos libertadores morais
Libertinagem foi a sua liberdade exercida
Agora eu não quero teorias, apenas olhemos ao nosso redor
Dirija o seu carro: Queimado
Beije a sua filha: Morta
Ande neste chão: Marcado
Do cálice afastado: de Sangue
Mauricio de Lima - 27/11/2010
sábado, 27 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Nos Ares...
Olha só pra ele!
Ele está evaporando!
Olha lá! Volta pra cá!
Ele está sumindo nos ares!!
Não!!
Eu acabei de colocar ele no copo
Eu acabei de dar um trago
E quando fui virar de novo
Ele não tava mais aqui!
Alguém ta roubando meu vinho!
Ou ele está sumindo nos ares!
Vou cheirar meu vinho!
Se ele tiver evaporado!
Um dia eu vou evaporar
Um dia você vai também
Nos decompôr que nem merda
Que nem aquele mendigo que você queimou
Vamos virar apenas gases e pó
Vinho evaporado, mijo, suor
Aparência nunca foi importante
Me fale de você, de mim
Critique, discuta, aponte!
Sua aparência vai se acabar
Você tem que ser lembrada
Não pela merda da sua foto
Mas pela sua cara lavada
Com a consciência limpa
E livre de aparências!
E traz meu vinho de volta...
Mauricio de Lima - 19/11/2010
Ele está evaporando!
Olha lá! Volta pra cá!
Ele está sumindo nos ares!!
Não!!
Eu acabei de colocar ele no copo
Eu acabei de dar um trago
E quando fui virar de novo
Ele não tava mais aqui!
Alguém ta roubando meu vinho!
Ou ele está sumindo nos ares!
Vou cheirar meu vinho!
Se ele tiver evaporado!
Um dia eu vou evaporar
Um dia você vai também
Nos decompôr que nem merda
Que nem aquele mendigo que você queimou
Vamos virar apenas gases e pó
Vinho evaporado, mijo, suor
Aparência nunca foi importante
Me fale de você, de mim
Critique, discuta, aponte!
Sua aparência vai se acabar
Você tem que ser lembrada
Não pela merda da sua foto
Mas pela sua cara lavada
Com a consciência limpa
E livre de aparências!
E traz meu vinho de volta...
Mauricio de Lima - 19/11/2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
A Velha Na Banca
Vi aquela revista feminina
Colocando como tabu o 'engolir'
Vi uma senhora a pegando
E o riso veio fácil
Nela e em mim
Eu ri por que achei bizarro... 'mas nessa idade?'
Sera que até essa idade ela nunca deixou fluir?
E a resposta veio - Claro que não.
Por que a tendencia da sua revista
Nunca para de mudar
E ela, a velha
Não sentiu e nem viveu
Apenas leu e seguiu:
O artigo.
O riso veio nela por ler o que pensa
Mas não ter coragem de falar
E encontrou alguem que pensa, mas escreve
Do mesmo jeito que ela
Mas essa pessoa que pensa e escreve
Esta vivendo, contando,
tirando suas conclusões
E imprimindo, e divulgando...
Mas a velha...
A velha só ta rindo, coitada
Só quer ler, e se divertir
Folheando e procurando
O "Engolir ou cuspir?".
Mauricio de Lima - 1/11/2010
Colocando como tabu o 'engolir'
Vi uma senhora a pegando
E o riso veio fácil
Nela e em mim
Eu ri por que achei bizarro... 'mas nessa idade?'
Sera que até essa idade ela nunca deixou fluir?
E a resposta veio - Claro que não.
Por que a tendencia da sua revista
Nunca para de mudar
E ela, a velha
Não sentiu e nem viveu
Apenas leu e seguiu:
O artigo.
O riso veio nela por ler o que pensa
Mas não ter coragem de falar
E encontrou alguem que pensa, mas escreve
Do mesmo jeito que ela
Mas essa pessoa que pensa e escreve
Esta vivendo, contando,
tirando suas conclusões
E imprimindo, e divulgando...
Mas a velha...
A velha só ta rindo, coitada
Só quer ler, e se divertir
Folheando e procurando
O "Engolir ou cuspir?".
Mauricio de Lima - 1/11/2010
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