Já me disseram até mais de uma vez
Que nem tudo é fácil
Que a vida não é um mar de rosas
Mas os conselhos são escassos
Não ensinam a fazer acontecer
Não ensinam a não se afogar
Mas eu queria apenas ver
De quem aconselha
Quantos estão salvos
Me falaram pra procurar ser feliz
Tentar me encontrar, fazer o que gosto
Mas estamos conversando sobre o dia
Em que vocês também
Não estarão mais procurando
Mas não nos encontramos
Por que nenhum de nós deu a partida
Afinal nenhum de nós conhece a vida
Do jeito que imaginamos
Mauricio de Lima - 13/10/2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Decência Egoísta
Toda noite ele prometeria
Fazer algo diferente
E prometia que não mais adiaria
Viver uma vida decente
Ele prometeria
Mas apenas se tivesse
O que ele queria
Prometeria
Se a vida fosse igual
A sua outra vida
Mas não
Nada foi como quis
Às vezes até alguma coisa saiu...
Disso sabia
Mas não
Não foi o suficiente
Não pra viver decentemente
Não pra justificar viver contente
Não pra não deixar de prometer
Que sempre prometeria
Esperando acontecimentos, somente
Do jeito que queria
Mauricio de Lima - 17/10/2011
Fazer algo diferente
E prometia que não mais adiaria
Viver uma vida decente
Ele prometeria
Mas apenas se tivesse
O que ele queria
Prometeria
Se a vida fosse igual
A sua outra vida
Mas não
Nada foi como quis
Às vezes até alguma coisa saiu...
Disso sabia
Mas não
Não foi o suficiente
Não pra viver decentemente
Não pra justificar viver contente
Não pra não deixar de prometer
Que sempre prometeria
Esperando acontecimentos, somente
Do jeito que queria
Mauricio de Lima - 17/10/2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Sempre cabe mais um no coração da Mãe Solteira
No topo da montanha
Olhou com outros olhos
O campo de mato seco
A geada na grama
O vento soprou
Como sempre
Da sua maneira igual:
Diferente
Encurvando as árvores
Assoviando no ar
Alisando o mar
Acompanhando a gente
Só mais um dia ele pediu
Só mais um dia ele teve
Relembrou em um dia, mil
E partiu...
Pra onde jamais esteve
Sonho de muitos
Mudança de vida
De cidade em cidade
Fazendo sua trilha
Construir e destruir
Com sua própria mão
Um novo amor
Uma nova ilusão
...
Fora só mais uma...
...
Decidiu-se ir
No rastro da lua;
A mãe dos amantes
Mãe solteira, enfim
Iluminando a rua
Como fizera antes
Várias vezes assim
Até sumir de manhã
Esvaindo-se no horizonte
Mauricio de Lima - 13/10/2011
Olhou com outros olhos
O campo de mato seco
A geada na grama
O vento soprou
Como sempre
Da sua maneira igual:
Diferente
Encurvando as árvores
Assoviando no ar
Alisando o mar
Acompanhando a gente
Só mais um dia ele pediu
Só mais um dia ele teve
Relembrou em um dia, mil
E partiu...
Pra onde jamais esteve
Sonho de muitos
Mudança de vida
De cidade em cidade
Fazendo sua trilha
Construir e destruir
Com sua própria mão
Um novo amor
Uma nova ilusão
...
Fora só mais uma...
...
Decidiu-se ir
No rastro da lua;
A mãe dos amantes
Mãe solteira, enfim
Iluminando a rua
Como fizera antes
Várias vezes assim
Até sumir de manhã
Esvaindo-se no horizonte
Mauricio de Lima - 13/10/2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Inanidade
Quem dera se ainda existisse
A possibilidade de ocorrer
Alguma teoria diferente
Caos, linha... Corrente.
Mas não temos esperança
De nada no momento
Continuamos nosso terror
Só existindo e assistindo
A areia do tempo
Escorrer por nossas mãos
A ampulheta não foi quebrada
O tempo ainda corre
E nós o seguimos, sem nada
Sem direção e objetivo
Seguimos o rastro
Do nosso próprio fracasso
De séculos atrás
E séculos a frente
Até toda essa merda se explodir
Se explodir com a gente.
Mauricio de Lima - 26/08/2011
A possibilidade de ocorrer
Alguma teoria diferente
Caos, linha... Corrente.
Mas não temos esperança
De nada no momento
Continuamos nosso terror
Só existindo e assistindo
A areia do tempo
Escorrer por nossas mãos
A ampulheta não foi quebrada
O tempo ainda corre
E nós o seguimos, sem nada
Sem direção e objetivo
Seguimos o rastro
Do nosso próprio fracasso
De séculos atrás
E séculos a frente
Até toda essa merda se explodir
Se explodir com a gente.
Mauricio de Lima - 26/08/2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Os únicos
Um oceano de problemas
Onde ele se afogou
Andando na areia, submerso
Carrega o peso
Nas costas
Um peso
Eterno.
E a pressão que não mata
Nem implode
E o frio ele sente
Mas não o congela
A água o carrega
Mas não o molha
E a sua dor...
Eterna.
Imóvel
Impedido de morrer
Pelo sentimento de angústia
Medo de se render
à covardia - ou egoísmo
Impedindo de morrer
Todos os problemas desaguam
Como rios no mar
No oceano de desgraça
E só ele está lá...
Carregando nas costas
Toda a dor do mundo
E ele, eu, você.
Nos achamos os únicos.
Mauricio de Lima - 20/06/2011
Onde ele se afogou
Andando na areia, submerso
Carrega o peso
Nas costas
Um peso
Eterno.
E a pressão que não mata
Nem implode
E o frio ele sente
Mas não o congela
A água o carrega
Mas não o molha
E a sua dor...
Eterna.
Imóvel
Impedido de morrer
Pelo sentimento de angústia
Medo de se render
à covardia - ou egoísmo
Impedindo de morrer
Todos os problemas desaguam
Como rios no mar
No oceano de desgraça
E só ele está lá...
Carregando nas costas
Toda a dor do mundo
E ele, eu, você.
Nos achamos os únicos.
Mauricio de Lima - 20/06/2011
sábado, 30 de abril de 2011
Vácuo
Ele sorria muito
E por trás daquilo
Ninguem percebia
Que só era aquilo
Para não demonstrar
O que o afligia
Sua tristeza era tanta
Que driblou suas lagrimas
Gritando sorrisos
Quase que verdadeiros
Escondendo os motivos
Do auto-desprezo
Mauricio de Lima - 30/04/2011
E por trás daquilo
Ninguem percebia
Que só era aquilo
Para não demonstrar
O que o afligia
Sua tristeza era tanta
Que driblou suas lagrimas
Gritando sorrisos
Quase que verdadeiros
Escondendo os motivos
Do auto-desprezo
Mauricio de Lima - 30/04/2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
No Metrô
Um velho me parou no metrô
Disse que já foi no céu
Lá todo mundo veste branco
E tem dois metros de altura
Sorriso da cor de fogo
E não anda, flutua...
Pensei nisso a tarde toda
Ele tambem me falou
Que lá é onde a gente vive
E aqui que pagamos os pecados
Estamos no inferno
Com merda até o pescoço
Sustentando o peso do corpo
Pela vida toda
E ele não era louco...
Era só um velho
Que quase morreu
Que casou, teve filhos...
E continuou são, menos salvo
Caiu de cabeça na calçada
Conheceu o céu, e voltou
E veio me contar isso tudo
Tudo este que eu não tenho
O direito de desacreditar
E nem de acreditar
Somente acrescentar...
Mais uma maneira de ver a vida
Colocando entre o "não" e o "sim"
Um "talvez"
Mais uma vez.
Mauricio de Lima - 19/04/2011
Disse que já foi no céu
Lá todo mundo veste branco
E tem dois metros de altura
Sorriso da cor de fogo
E não anda, flutua...
Pensei nisso a tarde toda
Ele tambem me falou
Que lá é onde a gente vive
E aqui que pagamos os pecados
Estamos no inferno
Com merda até o pescoço
Sustentando o peso do corpo
Pela vida toda
E ele não era louco...
Era só um velho
Que quase morreu
Que casou, teve filhos...
E continuou são, menos salvo
Caiu de cabeça na calçada
Conheceu o céu, e voltou
E veio me contar isso tudo
Tudo este que eu não tenho
O direito de desacreditar
E nem de acreditar
Somente acrescentar...
Mais uma maneira de ver a vida
Colocando entre o "não" e o "sim"
Um "talvez"
Mais uma vez.
Mauricio de Lima - 19/04/2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
Diga O Que Quer Ouvir
Por mais duro que seja seu coração
Eu sei que hoje ele só é assim
Por que já sofreu demais...
Não te culpo
Por não conseguir se apaixonar
Não sei o caminho que voce trilhou
Mas consigo imaginar
Pela expressão no seu rosto
E as diversas tentativas de se afastar
Justamente quando sente que se aproxima
O sentimento que mata aos poucos
Acredita em mim, eu consigo entender.
Mauricio de Lima - 10/03/2011
Eu sei que hoje ele só é assim
Por que já sofreu demais...
Não te culpo
Por não conseguir se apaixonar
Não sei o caminho que voce trilhou
Mas consigo imaginar
Pela expressão no seu rosto
E as diversas tentativas de se afastar
Justamente quando sente que se aproxima
O sentimento que mata aos poucos
Acredita em mim, eu consigo entender.
Mauricio de Lima - 10/03/2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A Massa
Vivem se arrumando, coitadas...
Sempre que olho pra elas
Estão montadas
Ou, popularmente falando
Bonitas.
E lá vem o esquadrão da verdade
Com baldes d'água contra chapinha
Correndo em direção às suas casas
Alagando suas cabeças
Fazendo escorrer
A massa corrida em seus rostos
E a massa
Corrida e escorrida
Revela mulheres bem diferentes
A verdade foi lançada no ventilador
E nenhuma delas quer sentir a dor
De seduzir com o olhar sem suas lentes
De se sentirem nuas sem...
A massa.
Mauricio de Lima - 27/02/2011
http://vocaroo.com/?media=vFhOzXejiKovDMmyo
Sempre que olho pra elas
Estão montadas
Ou, popularmente falando
Bonitas.
E lá vem o esquadrão da verdade
Com baldes d'água contra chapinha
Correndo em direção às suas casas
Alagando suas cabeças
Fazendo escorrer
A massa corrida em seus rostos
E a massa
Corrida e escorrida
Revela mulheres bem diferentes
A verdade foi lançada no ventilador
E nenhuma delas quer sentir a dor
De seduzir com o olhar sem suas lentes
De se sentirem nuas sem...
A massa.
Mauricio de Lima - 27/02/2011
http://vocaroo.com/?media=vFhOzXejiKovDMmyo
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Nada
Há muito tempo
Tenho firmeza ao dizer
Que tudo que lhe escrevo
Sem escolher, eu vivi
Já degustei e gorfei
De tudo que sentes
E me sinto no direito
De lhe dizer que...
Não há nada de poético na dor
Nem no ódio, nem no amor
Não há nada de poético em matar
Viver, amar, escrever, pensar
Nada do que se faz poesia é poético
Nada do que se pensa com emoção vale a pena
Nada do que se sente com a razão é poema
E tudo que seja feito assim
Nunca será o que consegue sentir
E caminharemos para uma neutralidade cinzenta
Emoções controladas, um milhão de brecadas
Para pensar que consegue
Ser o que nunca foi...
Frio.
Mauricio de Lima - 22/02/2011
Tenho firmeza ao dizer
Que tudo que lhe escrevo
Sem escolher, eu vivi
Já degustei e gorfei
De tudo que sentes
E me sinto no direito
De lhe dizer que...
Não há nada de poético na dor
Nem no ódio, nem no amor
Não há nada de poético em matar
Viver, amar, escrever, pensar
Nada do que se faz poesia é poético
Nada do que se pensa com emoção vale a pena
Nada do que se sente com a razão é poema
E tudo que seja feito assim
Nunca será o que consegue sentir
E caminharemos para uma neutralidade cinzenta
Emoções controladas, um milhão de brecadas
Para pensar que consegue
Ser o que nunca foi...
Frio.
Mauricio de Lima - 22/02/2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
Roda do Mundo
Ele era apenas um homem normal, com sonhos e metas a cumprir
Mas decidiu viver uma vida diferente, diferentemente existir
Iconoclasta, considerado por muitos um sujeito asqueroso
Tanto em pensamentos como pelo seu corpo, seu rosto
Não precisaria de nada, nada que não fosse criado por si só
Este era o pensamento, esta era sua filosofia
Tão simples como ele, tão dificil de ser seguida
Ele sabia sim, que aqui pregava o que não fazia
Chegou até pensar que era uma farsa, uma mão sem via
Seus dizeres ecoaram o mundo, uma faca a destrinchar um nó
Tudo isso durante certo tempo, que no seu mundo foi bastante
Pequeno mundo percorrido a pé, muito sofrido e lancinante
Fez um povo vil acreditar, ovacionar sua história de vida
Novamente a contradição com sua suposta iconoclastia
Jogou no chão todos seus escritos, fez dele mesmo um mendigo
Parou de percorrer o mundo, deixou ser pervertido
Nada mais daquilo tinha valor, mas o povo ainda o perseguia
Declarava amiúde seus pensamentos agora sem valia
Como agora fazer retornar ao antro da ignorância
Sendo que fez ser seguido por um caminho incerto
E percebeu tarde demais que a agnosia o tinha aberto
À tudo que conhecera e se revoltara, à sua ânsia
De querer redefinir o novo sem a base do velho
De fazer o povo vil crescer se tornando um mistério
Chovendo perguntas sem respostas, pedras virando a mesa
Abalando sua estrutura de monge à francesa
O tiro no pé de uma mente evoluída, sublime
Preocupado com os outros, fez-se imenso em vime
Lughnasadh, lughnasadh
Invés de grãos e frutas, a população obtusa
Empurrada ao fogo, um milênio em brasa
Virando um mundo em erros
Seus erros em fumaça
Mauricio de Lima - 02/01/2011
Mas decidiu viver uma vida diferente, diferentemente existir
Iconoclasta, considerado por muitos um sujeito asqueroso
Tanto em pensamentos como pelo seu corpo, seu rosto
Não precisaria de nada, nada que não fosse criado por si só
Este era o pensamento, esta era sua filosofia
Tão simples como ele, tão dificil de ser seguida
Ele sabia sim, que aqui pregava o que não fazia
Chegou até pensar que era uma farsa, uma mão sem via
Seus dizeres ecoaram o mundo, uma faca a destrinchar um nó
Tudo isso durante certo tempo, que no seu mundo foi bastante
Pequeno mundo percorrido a pé, muito sofrido e lancinante
Fez um povo vil acreditar, ovacionar sua história de vida
Novamente a contradição com sua suposta iconoclastia
Jogou no chão todos seus escritos, fez dele mesmo um mendigo
Parou de percorrer o mundo, deixou ser pervertido
Nada mais daquilo tinha valor, mas o povo ainda o perseguia
Declarava amiúde seus pensamentos agora sem valia
Como agora fazer retornar ao antro da ignorância
Sendo que fez ser seguido por um caminho incerto
E percebeu tarde demais que a agnosia o tinha aberto
À tudo que conhecera e se revoltara, à sua ânsia
De querer redefinir o novo sem a base do velho
De fazer o povo vil crescer se tornando um mistério
Chovendo perguntas sem respostas, pedras virando a mesa
Abalando sua estrutura de monge à francesa
O tiro no pé de uma mente evoluída, sublime
Preocupado com os outros, fez-se imenso em vime
Lughnasadh, lughnasadh
Invés de grãos e frutas, a população obtusa
Empurrada ao fogo, um milênio em brasa
Virando um mundo em erros
Seus erros em fumaça
Mauricio de Lima - 02/01/2011
Assinar:
Postagens (Atom)