sábado, 6 de março de 2010

Caverna

Distante muito tempo, das alegrias amargas da sociedade
Observando atento suas fragilidades e verdades
Ocultas porém, dificeis de enxergar
Vou voltar para a caverna, que é o meu lugar

Sem a luz da hipocrisia, da falsa moral e dos bons costumes
Viver uma eterna constância de paz, solidão e filosofia
Sem ter a quem divulgar minha contida alegria
Assim como tambem não precisarei conviver com seus estrumes

Da caverna eu vim, de um lugar que não posso lembrar
Sinto que estou preso a este, e também que não posso voltar
Mas enquanto vivo estiver, não vou deixar de tentar
Adentrar nas grutas dessa caverna milenar

Lugar em que eu, um pobre mortal
Vou conseguir ser feliz sem um padrão referencial
Quisera eu nunca ter me conhecido
Ir descobrindo os meus caminhos, sem seguir os percorridos

Uma longa estrada a percorrer, mas a perseverança não se abate
Onde alguém quer chegar, nada deveria impedir
Felizmente, o valor aumenta a cada dificuldade
E caso consiga chegar, nunca de lá irá sair

Da caverna eu vim e pra caverna vou voltar
Nem que pra isso eu tenha que sacrificar as coisas modernas
Que nunca me ajudaram, vou jogar todas por terra
Para enfim ficar livre, pois a caverna é o meu lugar.

Mauricio de Lima - 06/03/2010

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