segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vento

E esse vento que nos traz agora
Cheiro de chuva, de renovação
Indica que mais um ano está indo embora
Talvez um tempo de vitória, olhando em frente
Ou o reconhecimento da derrota, olhando pro chão

Vento que faz a árvore balançar, a folha cair...

Há alguem nesse segundo que tem mais o que dizer
Que realmente tem uma época para lembrar
Nostalgia toma conta da sua mente
Mas ela simplesmente não pode falar

Apenas lembranças vagas na memória
Histórias que gostaria de reviver
Sabe que se alguém ainda não sentiu isso
Um dia vai sentir, e viver

Lado a lado com o tempo, sem vontade de querer ser...

O vento da morte vai passar
Vai levar ela pra outro lugar
Vai descobrir finalmente o segredo da vida
Que se faz presente apenas no fim

Talvez não tenha tanto valor a família
A dor, o passageiro, a sorte
A pátria, a cidade, a casa
Sua vida, sua história, sua morte.

Que o vento leve sua alma, que passe sem rastros
Assim como fez com tantos milhões
E que faça assim tambem conosco
Por que a morte não precisa de tantos jargões.

Mauricio de Lima 16/08/2010

Um comentário:

  1. -Mto legal seu poema
    to seguindo seu blog..
    passa no meu?
    www.girl-complicada.blogspot.com

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