terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nada

Há muito tempo
Tenho firmeza ao dizer
Que tudo que lhe escrevo
Sem escolher, eu vivi

Já degustei e gorfei
De tudo que sentes
E me sinto no direito
De lhe dizer que...

Não há nada de poético na dor
Nem no ódio, nem no amor
Não há nada de poético em matar
Viver, amar, escrever, pensar

Nada do que se faz poesia é poético
Nada do que se pensa com emoção vale a pena
Nada do que se sente com a razão é poema
E tudo que seja feito assim
Nunca será o que consegue sentir

E caminharemos para uma neutralidade cinzenta
Emoções controladas, um milhão de brecadas
Para pensar que consegue
Ser o que nunca foi...


Frio.


Mauricio de Lima - 22/02/2011

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